Saio de mim
E sonho
Entre quadrados e contrapontos
Me interponho
Pudesse cair
Me jogo
Houvesse de onde vir
Me afogo
Entumescem os dentros e os dentes
Gotejo-me toda.
Tanta chuva do teto da casa
tosca
Atravesso a fumaça
tusso
Respiração cinza, em meio a corpos
amargos
Não posso sair, amarrada a cordas
burras
Mas eis que na escada tropeço
Eis que em mim esbarro
Escuto a voz da rua:
- que caia a casa!
Pessoa responde:
- que caia devagar!
Há sacada de onde olhar.
Um sopro
Um bocejo
(Cai uma parede)
Ah, sim: agora vejo!
Festejo-me toda.
(Cai uma parede)
Ah, sim: agora vejo!
Festejo-me toda.
5 comentários:
adorando tuas poesias.
aprendendo a publicar as minhas (só há pouco aprendi a guardá-las).
então é assim que tu faz? fica um tempão sem atualizar o blog, as pessoas desistem de visitar, e do nada bombardeias...
é assim, ins.piração vem e vai.
bj
tu anda incrível.
é incrível quando a gente anda, né?
desandar já é um porre.
mas no porre a gente desanda a andar.
ai.
se saudade matasse, eu voava feito espírito e ia praí te dar um abraço e acho que não te deixava mais.
vou mandar um embrulhado em panos finos com o Danichi que amanhã te vê - e não vai ser na tv, não.
Lica do meu coração... te amo!
beijo!
queridin..
eu assim, no meio da autovia, atropelada, nao vou conseguir responder nem um abano da calçada.
pensando melhor, e em pensar em resposta, não é que paro entre os carros e te dou um sorriso.
os carros seguem e eu também o meu caminho, atropelando e sendo atropelada.
na calçada é melhor de andar. Já te alcanço pra te acompanhar. bju
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