27 de fevereiro de 2009

soslaio






Silêncio contestado fervorosamente em argumentos mudos.
À meia-noite um frio suspira. E se vira.
Espera berrante em imprecisões meneadas.
Ao meio-dia uma luz se disfarça de voz.
O esquecimento esquece-se de esquecer. Dorme.
Pedidos no meio do meio. Meio nada a ver.
Uma declaração esperançosa esperneia na tela, na janela, no cartão, na folha de rosto dos poemas.
No meio dos outros, o nome está agradecido. Está grato.
À meia-luz um feixe é otimista.


Ainda aguardo o dia em que vou abrir aquele livro e encontrar tua dedicatória.








fragmento de correspondências de carnaval




Gislei.

Dia 22 de fevereiro de 2009, praça XV, Rio de Janeiro.

Quase um estádio Olímpico lotado na praça em função do carnaval de rua. O centro, outrora cinzento, abafado e cheio de passos apressados que desviam dos carros e ônibus, agora está um bocado cambiado. Segue abafado e cheio de passos velozes... mas os passos bailam e o bafo é driblado nessa dança. Ou, quem sabe, está o bafo incorporado nela, já que são corpos fumegantes que zanzam pelas ruas e calçadas coloridas de palhaços e colombinas e enfermeiras e colorados e gremistas e botafoguenses e bin ladens e caetanos e gals e bichinhos e super-heróis e loucos e noivinhas agora nem um pouco goradas. O prédio da assembléia é escalado pela multidão. Colunas gregas, estátuas de símbolos da pátria são pontilhados, não, ENGOLIDOS pelos foliões. Todo mundo é criança e o que houver na frente é playground. E isso tudo começou às 8hs da manhã. É a primeira vez que vou tão cedo para rum carnaval.
Agora entendo porque isso tudo não é transmitido pela TV: é a concorrência da festa-para-turista da avenida, cheia de luxo e de lixo numa brincadeira metade sincera, metade sorriso de plástico para a câmera da Grobo. De repente todas as músicas sobre o carnaval fazem sentido. Uma série de letras do Chico passam ao fundo das tradicionais marchinhas... "alalaôôô, mas que caloOoOoOoOoOoOoOor"... "...e ela ainda está sambando...". Elas fazem sentido porque estão sendo sentidas.

Crianças e velhos e mulheres e homens e gays e bebuns e mendigos e senhorinhas da zona sul, todos pulando juntos. Um casal de vendedores têm um filho que quer brincar. Ou era eu quem queria. Não sei bem. Sem nem saber como tudo começou, vejo-me correndo atrás dele, os dois desvairados, praça afora. Pegamos uma garrafa plástica e fazemos alguém de "bobinho", a garrafa ali vira bola. Dali a pouco aparece uma arminha de água e é esse agora o brinquedo, engate imediato. Assim ficamos, pega-pega, corrida louca, vou sendo levada por esse devir criança, divirto-me a valer, não estou tentando divertí-lo, apenas NOS divertimos, e não há vontade de parar, ainda que ele corra de pés descalços e haja cacos de vidro no chão. Ele acaba por pisar em um, pequenino, vamos na Mãe e ela tira com a pinça. Susto, culpa. Mas uma culpa de amiguinha que esteve junto no momento do ferimento, e não de adulta que deveria estar cuidando da criança... Pronto. Ele põe os chinelinhos de dedo e lá vamos nós, correr mais!
Eis que sim, houve um momento em que pensei clara, lucidamente: É ISSO o devir criança mais HONESTO que já vivi. Mas não deu muito tempo pra pensar, não. Eu o estava EXPERIMENTANDO. Apenas isso.

Pensei que não precisa muito para se divertir. Não precisa de muito pra fazer carnaval. Nem toda aquela purpurina das fantasias da avenida. Nem dinheiro. O carnaval de rua faz isso. Cria a possibilidade de encontros, de efetivação de afetações as mais improváveis e as mais fascinantes. Uma arminha de água emprestada. Uma garrafa plástica. Crianças. A rua.
E a alegria, ah, a implacável alegria!

Onde eu estava às 5hs da manhã de um dia de carnaval? Dormindo feito anjo, de tanto ventar criança o dia inteiro.







16 de fevereiro de 2009

Os descaminhos do doce de doce deleite




Quando me perguntam o que é, afinal de contas, cartografia, digo que é bem diferente de receita de bolo. Mas comparado a quê?
Se tens alunos e queres um bom exemplo, aqui vai ele.

Tenho uma receita da sogrona em mãos, pra fazer uma deliciosa torta de doce de leite gelada.
Eu nunca fizera nenhum doce (se estivermos de acordo que negrinho de panela não vale).
Desde meu retorno ao Rio, por algum motivo, me pus mais mestre cuca. Aproveitei o embalo.
Olho os ingredientes, todos fáceis de conseguir. Só falta a batedeira.

Peço no vizinho, nada. Vou ao andar debaixo. Ouço música eletrônica. A porta da cozinha se abre, o que faz eu ter de me deslocar da frente da porta da sala para o outro lado do corredor, e então me apresentar e pedir o utensílio doméstico. O vizinho veste preto, tem certa maquiagem no rosto e vejo que seu figurno é uma mescla de clubber com folião. Ele me alcança a batedeira e ecrescenta, sorridente: "tem que segurar aix paix, porque elas de vez em quando soltam". Ok.

Saio em busca dos ingredientes, coisa que no super ali debaixo encontraria.
Bolacha Maria de chocolate: não.
Nata: não.
Doce de leite: não.
Vou ao outro super.
Bolacha Maria de chocolate: não.
Nata: não.
Doce de leite: sim. Um pote enorme.
Falo com um funcionário sobre a bolacha e sobre a nata, tem de ser nata, que é mais cremosa, e não o creme de leite líquido. É uma cliente que descreve a embalagem da nata, uma espécie de garrafinha - que eu tinha visto no primeiro supermercado, mas suspeitara ser líquido, visto que dizia "creme de leite" e, well, vinha numa garrafinha.
O funcionário me sugere levar um outro bixcoito, esse é bem goixtoso, não é muito doce não. A caixa me pergunta se eu já provei aquilo (bixcoito) com café com leite. Uma delícia. Eu digo que é pra uma torta de doce de leite. Ela pára, olha pra moça que ensacola as compras, "ó, ela tá inxpirada, aê."
Volto ao primeiro super, compro a nata em garrafa, que afinal de contas é cremosa e pesada.

Consigo a façanha de separar 7 claras de suas respectivas gemas, mas fracasso no último ovo, cuja gema ainda consigo tirar mas parte dela se espatifa e se espalha na minha perfeita bacia de claras. Lá vou eu catar vestígios de amarelo no caldo transparente pra assegurar que a clara ficará firme.
A batedeira é mesmo um caos. Nas primeiras três tentativas é impossível manter as pás encaixadas. O Danichi então segura uma das pás, queima os dedos, tentamos de novo, conseguimos. Com as claras e com a gema.
Dou-me conta que a receita é enorme. O creme exige um esforço grande do meu bíceps para ser misturado. A clara que tinha ficado firme deu uma desandada: parte dela liquefez-se. Bato com a batedeira capenga, com sucesso.
Misturo tudo e vejo que não há pirex grande o suficiente ou que caiba no congelador. Dividimos em dois potes.
Provo, não gosto. A nata é muito forte, eu sabia!
Mari prova, gosta. Danichi prova, gosta. Marceu prova, gosta. Talvez seja eu.

Hoje experimento o doce, já na textura ideal. PERFEITO! DELÍCIA!!!!

Dona Denise, obrigada pela receita. Alice, parabéns! Você acaba de virar doceira.






13 de fevereiro de 2009

A polêmica do trote




Deu no jornal.
"Trote animal."
Mas afinal,
o que não entendo
é por que raios não há adendo
nehum dizendo
outro motivo que não o usual -
"pais modernos", "limites", coisa e tal -
pra tamanha cara-de-pau.
O que queremos,
cara psicóloga que fala para que acatemos,
é olhar pra essa quantidade colossal
de sujeira debaixo do tapete que temos
(e escondida muito mal,
por sinal)
sem forçar um "é normal".
Como ainda isso fazemos?
Fingir que não temos
nada com isso, e isso sendo,
assim, sem mais nem menos
razão para leis de remendo
mas nenhuma decisão cabal.
Ministros se desdizendo,
militares se escafedendo,
uns tantos se esquecendo.
Tortura, ora, bem o sabemos,
está tal qual
segredo que tememos:
remoendo
em cucas que não conhecemos,
produzindo silêncio geral,
salvando a pele de um poder que já foi total
e que de alguma forma se segura, tremendo,
longe da publicização que ainda teremos.
Deixemos,
que tal?,
de lado o que não está mais cabendo
como explicação intelectual
para trotes brutos, transgressões, o escambal
e perguntemos
por algo que quiçá dispare o que não vemos
pois é da ordem de uma anomalia estatal:



Onde está a abertura
total
incondicional
do arquivo nacional???


























6 de fevereiro de 2009

Errar é viver






O mais frequente erro de digitação que tenho cometido é o melhor ato falho que já cometi, confirmando que minha idéia de urgente antenamento da psicanálise a essa que é a mais contemporânea versão do ato falho é totalmente relevante:

ao escrever meu nome, volta e meia digito "Alive".


(Walking down Portobelo road to the sound of reggae...!)




















Pingos





Sentou-se diante da tela branca.
Pensou no que escrever.
Notou que seus dedos tremiam, como se pedissem pelo contato com o teclado.
Rasgou sua memória a lembrança de como, nesse processo, não havia conseguido levar adiante determinadas leituras. Fechava os livros policiais. Colocava-os de lado. De polícia já falava. Queria romance. Queria um romance.
Romance, romance, a palavra que queria despir - e nesse mesmíssimo ato já percebeu que é porque um dia a vestiu - desse nosso cacoete acadêmico de rapidamente enganchá-la ao homem moderno, o homem criticado por Walter Benjamin e Michel Foucault, o Homem Romântico, o homem iludido, o jogo de tênis lacaniano que define o amor como mera relação de nós com nós mesmos, a idealização, os contos de fadas, não, não não.

Romance, desses com lugares interessantezados, dessas estórias com pessoas que ganham um brilho pouco visto, a poesia, a poesia, a prosa, o sujo e o belo, o límpido, o paradoxo, era isso o que queria.
Romance, simplesmente romance, a palavra nua, jogada ao vento, sabe-se lá se ele vai bater, sabe-se lá onde a corrente vai dar.

Assim, romance, a palavra excharcada de prévias. E só.




Uma folha seca minúscula entrou pela janela e caiu entre o teclado e a tela. Fez menção de colhê-la. Estancou.
Pela primeira vez, teve ventade de escrever um livro.












Sinto Copacabana por perto, é o vento do mar!


EU + MEU CARRO + 34 GRAUS + MOFO + QUATRO DA TARDE + BARATA RIBEIRO = EU SOU UM FRANGO DE PADARIA DO BAIRRO






E giro, lentamente, enquanto gotas pingam de mim, à medida que tosto, sem no entanto me bronzear, e pessoas me olham pelo vidro do compartimento QUENTE dentro do qual me encontro, desfrutando de mais esse ensolarado meio-de-tarde, a caminho do agradabilíssimo e superlotado supermercado Mundial para as compras do mês
, ansiosa pelo que me espera num suspeitoso e gosmento dia 5 do mês.


Sim, morar aqui é mesmo um sonho!








Lost in translation





(Seguinte: "embed" pra mim é "na cama". De jeito nenhum que eu entendia como linkar o raio do vídeo do youtube no blog. Acontece que no site em português no lugar de "embed" diz clara e simplesmente "incorporar"!!! Sacô, mano? Por isso nem eu nem Maria conseguíamos entender. Tive que ir, prla primeira vez, no "Help" do Blogger, olha que desaforo. Ali é que ficou claro.
Maria: é uma caixinha que fica AO LADO do vídeo, junto do nome do "autor" do video, logo abaixo da caixinha que diz "URL".

Não se esqueçam: I´m a WOMAN!!! I´ve got a WOMAN´S BRAIN!!!! I MIX everything in my head!!!)

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I ACTUALLY THINK this will work now.

i REALLY hope this works now.

3 de fevereiro de 2009

increíble





Estou boquiaberta.
Esse Ipod touch faz de tudo, tudo, tudo, tudo. Só que ele é mudo. Ops, nem é! Toca música e filmes!!!! Por isso desandei a escrever, escrever, e ficou essa coisa sem pé nem cabeça aí embaixo. Será que é assim que a nossa cabeça fica, inserida na estética de um site com múltiplos links?




Primeiro nos acostumamos com CPUs enormes, computadores creme, MS DOS. Já nem sei como se escreve. Vocês se lembram do DOS?????
A tela pretona, aquelas letrinhas piscando, deu. Tinha que digitar uns codigozinhos, tipo //, barra invertida, "dir" e umas flechinhas que nem tem (mais?) no meu teclado.
Ok, os CPUs diminuíram, ficaram mais leves, vieram os Windows, sei lá que ano começou, mas de repente se tu não tinha o Windows 98 e o Word 98 tu já não abria um monte de arquivo.
The next thing I know ganho um computador sem entrada pra disquete, os celulares não são mais tijolos, o vídeo cassete é uma burrice e os walkmen são coisa mais bruta que há.
Ouvia CD player portátil no tube de Londres, há seis anos atrás e era uma coisa mega tecnológica.
Aí se descobre que a vida útil dos CDs não é tão grande assim e eles sim, e aí vem o mp3, pra infelicidade de quem queria ouvir todos os graves mais graves e os agudos mais agudos de uma música... Câmeras de foto com filme, a essa altura, já são coisas primatas, só aquela vó - e olhe lá, depende da vó - é que ainda tem, simplesmente porque não entra na cabeça dela olhar pra tal telinha. Ainda hoje se ouve o sujeito dizer, com a máquina digital em punho: "mais uma, só pra garantir!". Tsc. Além de ver na hora, meu amigo, pode tirar mais cem iguaizinhas que ainda tem plenty of room pras fotos do resto das férias.
E pros vídeos, é claro.
A internet era discada, "desliga aí, pai, que quero conectar!!" se reservava um tempão pra josca engatar, e hoje tu tem uma cobertura grátis em toda a praia de Copacabana. Esses dias eu vi um aviso de espaço Wi-Fi num metrô, em algum lugar. Se o roteador de casa não funciona pra transmitir o sinal wireless, é um desespero.
Dia desses meu namorado achou um absurdo que no meu celular não tenha rádio. E isso que quando eu fui comprar (trocar por pontos, pois há séculos eles não custam mais que 70 contos) a vendedora empurrou goela abaixo um desses que tira fotos. Graças a ele tenho uma com o Caetano, na saída do show do Bob Dylan. Mais uma, entre as 3253 que estão guardadas no meu PC.
Nem o DVD player é mais uma coisa digna de se ter. A não ser que seja portátil, e olhe lá, pois com os laptops isso foi sumindo.
O Windows (ainda que seja Vista!) é hoje "uma merda", e um Mac rules. Mp3 players que além de tudo são gravadores (aquelas fitinhas em miniatura eram tão bonitinhas...) não deixam os ruídos de fundo aparecerem, são do tamanho de um dedo e item indispensável de um estudante universitário. Sem falar nos pendrives. Juro que no ano passado encontrar um de 2 giga, no Chuí, foi um verdadeiro parto. Hoje, pela metade do preço, tu compra um de 8, 20, sei lá quantos giga. Alguns vêm de brinde em shows, como num do Lenine, pra convidados.
Ninguém mais conta os CDs do pai, como eu fazia e parei quando eram 400 e poucos. Hoje eu tenho isso, com a menos da metade de tempo vivido que ele, no meu ITunes. Meu CDplayer portátil tá encaixotado por falta de comprador, meu walkman foi posto fora, meu videocassete foi de brinde pra quem comprou minha geladeira, meu "som", presente clássico da nossa adolescência, hoje é peça obsoleta, pois o negócio é ter umas caixinhas de som onde tu enfia teu IPod.
Meu notebook é muito melhor e menor que o PC, e quem não tem mp3players ou um IPod, dá licença, mas só pode estar perdido nesta vida.
Apesar disso, meu som do carro só toca rádio.

Com essa história de Touch, porém, parece que a lógica do corpo voltou com tudo. É impressionante. Já tava ficando com pena de quem tem mãos muito grandes, porque cada vez as coisas a serem manuseadas ficam menores. (Seria o início de uma mutação física na raça humana em que ficaríamos sem sisos, sem pêlos, peles macias e micromãos?) Com isso de tocar na tela, tudo obedece o movimento mais natural e instintivo do nosso corpo. Se falássemos e a tela fosse sensivel a ponto de responder, aí eu teria medo. Por enquanto ela é sensibilíssima ao toque, apenas. O considerado mais avançado é a maquininha que vira as páginas como um livro, e não "com apenas um toque". Não, tem que arrastar o dedo ali. TV, IPod, telefone. E como se não bastasse esses IPods terem ido de 2 giga a 84 giga, foram ficando cada vez menores e agora voltaram a ser grandes, porém raquíticos, feito folha de papel. É pra poder ver teu filme na viagem de ônibus pra Santa Catarina.
E fazem de tudo. Tu vira o bagulho na horizontal e o treco que tá ali dentro vira também. Tu guarda zilhões de coisas. Música, vídeo, foto, agora caiu meu queixo porque tem lá "programas de TV" pra sincronizar. Putaquepariu. Como vai explicar pruma criança que os homenzinhos da TV não tão ali dentro???
Agora há pouco pude ENTRAR NA INTERNET (sem fio, é ÓBVIO) pelo IPod Touch. E pasmem: podia acessar emails, responder, ver vídeos no youtube, dar zoom. Sério, dá pra ver aquela celulite daquela foto que a gente não gosta.

Não, não. Isso tudo é demais pra mim. Não tenho nem um ventilador de teto e nem uma prateleira pros meus livros. Estou flipando. Amanhã pesquiso preços de ventilador e descubro pra ontem o que, afinal, significa um "podcast", que agora não tem jeito, agora vou ter que lidar com esse paradoxo na minha vida.






2 de fevereiro de 2009

milho branco, azeite, sal e cebolas



Hoje é dia dela, ao menos para alguns, ao menos do jeito que comemora a Bahia, ao menos pra quem ela é também dos Navegantes, e não só mãe dos peixes, em uma terra minha que tem nome de porto e é alegre.

Dia de tomar banho de mar. Sete rosas brancas, abertas. Dia de mar cristalino aqu ino Rio, uma Copacabana de ondas calmas como ela, e um tanto quentes, sem deixar de refrescar. Ela hoje sopra um ventinho que alivia os 40 graus.

Eu não quis nem saber, hoje saí pra pagar o aluguel usando azul, pratas, guia do maridão da mamãe aí, Oxalá, e sincretizei com a minha análise: depois da sessão caminhei toda a praia de Copacabana molhando os pés e dizendo baixinho "odoiá", enquanto pensava na minha vó Edela.

Saravá!