15 de junho de 2007

blow it up

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Eu não sei se são as experiências com bancos que ando tendo, se é a má sorte em oficinas automobilísticas, se é o Foucault que eu ando lendo, se é a sensação da injustiça que teima em impregnar meus pensamentos desde o jogo do Grêmio. Claro está que meu espírito revolucionário está em ebulição. Meu lugar é de inconformidade, inquietação, raiva.
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Não me venham com gracinhas. Não me digam calma. Não me falem de palavras ternas. Não me sugiram suavidade. Não me evoquem prudência.
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Me convidem apenas aqueles que se aventurarem em uma experiência radical. Nada de bebedeiras e louqueadas ingênuas. Falo do radical. Algo subversivo. Algo que se faça e depois se saia dando uma risadinha sacana. Dirigido a uma pessoa, não. Não me refiro a mesquinhices. Quero máquina de guerra. Quero Che Guevara micropolitizado. Quero intervenção urbana. Quero Edukators. Nada de Piratas do Caribe.
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Sim. Estou no ponto para uma boa transgressão.
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5 comentários:

Anônimo disse...

Che Guevara morreu, restou o ranço do mito;

Os Edukators quebraram as casa dos gordos endinheirados, mas foram pro xadrês (e só isso);

A intervençao urbana está aí, mas é com ironia, com arte, (e ñ com revolver, fúria destrutiva) que se cambiam las cosas;

E ñ adianta: qualquer revoluçao necessita paciência...por isso, calma. A hora vai chegar.

cintilante disse...

Foi

carol de marchi disse...

Rá! Acabei de ver edukators, nesse exato instante e agora vejo este post.
Mas nao, eles nao foram para o xadrez! Como saber se eles foram pegos? Eles tavam aqui em Barcelona (ou quiçá naquela ilha dos satélites no meio do metiterrâneo) quando invadiram o ape em Berlin. Por isso, fica no ar. Eu prefiro pensar que eles estao por aí.
Talvez estejam intervindo numa faixa de segurança em POA, tramando algum projeto na Espanha, psifazendo e Abrindo Caminhos com jovens no MP, edukando e aprendendo com o Afroreagge em Vigário Geral, okupando alguma casa em Londres.

Quem sabe faz a hora.

alice disse...

muchas gracias.

hay que endurecer, pero sin jamás perder la ternura, eso es cierto, pero no endurecer jamás no hace nada.

não ser um Houellebecq, e sim mais um Manoel de Barros ou um okupa, ou artista ou... tudo isso junto!
zapatistas o fizeram, sim, com uma boa dose de fúria e de armas. cambiaram pouco? diria que não. a luta deles segue bem viva. a revolução pode ser agora. basta pensá-la como molecular, no detalhe, nas subjetividades.
não se trata de negar a doçura ou a suavidade. trata-se de, nos momentos oportunos, ir para além delas. não ficar no OU (uma coisa OU outra), e sim afirmar o E entre elas. estar, enfim, no ENTRE. entrar para poder traçar SAÍDAS, mas também agir de FORA.

sim, faz diferença.
sim, dá pra fazer diferença. com delicadeza E com raiva.

cintilante disse...

alguém me chamou bem na hora que saiu um click somente com o estranho "Foi" ali de cima.

agora perdi meu comentário.
ó vida


(makukus é um nome legal)