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"Para ser aceite no mundo dos homens, a Camila esquarteja-se como eles sempre se esquartejaram, separa o corpo do coração e os sentimentos do pensamento, constrói categorias abstractas como diques capazes de suster a lava ardente da vida. Dois esforços igualmente patéticos de inutilidade. Dois tempos girando em falso, ensurdecendo a voz absoluta do caos através da ruidosa coscuvilhice da Razão, deusa contemporânea que encontra no poder do seu discurso a vingança do esquartejamento que a fez nascer."
Inês Pedrosa, em "Nas tuas mãos".
Escritora portuguesa genial, extremamente feminina e talentosa.
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15 de janeiro de 2008
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