7 de fevereiro de 2008

Já foi, já.

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A poeira ainda cai em tonalidades verde-cinza nas calçadas alvi-negras.

Um pouco de confete sorrateiramente sai debaixo do sofá, como que a espiar a janela do chão da sala.
Purpurinas perdidas ainda erram no rosto de quem já pulou.
O trânsito, em pleno meio de semana, resume-se a esparsos veículos na avenida há pouco totalmente preenchida por gatos, coelhos, diabos, domésticas, palhaços e perucas. Além dos carros. De som.
Som não há.
Há ruídos.
Um apito, vez que outra.
Um grito de vassoooura vassoureiro! ou ainda olha a pamooooooooooonha. No máximo.
Outro apito. É o afiador.
O ar denso é - ainda - pontilhado de gotículas como se algo teimasse em não terminar.
Peles claríssimas com borrões rosados nas faces perambulam no bairro, denunciando que a temporada ali ainda não acabou para alguns.
Mas algum refrão de banda carioca ecoa, e se ouve que tudo tem seu fim...

...e é o fim, é o fiiiiiiiiim...

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Um comentário:

Anônimo disse...

e o pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina...