29 de abril de 2008
um lugar do caralho
. . . .
lá fomos ao ocidente num sábado faz pouco tempo. pulp friction.
ô festa boa. música velharia, muitos amigos, de levar a saudade a um belo ocaso. poético, até. tipicamente porto-alegrense. ainda mais pra quem tava dando um tempo com o rio. o namoro saturara. os dias secos e ensolarados, os cabelos sedosos e os paparicos foram imbatíveis.
mas tivemos uma DR, eu e ele. o Rio.
e com a ajuda de alguns psicólogos, alguns artistas, algumas imobiliárias e alguns loucos pudemos resolver nossa situação.
foi então que nosso relacionamento se temperou.
novos projetos, novas perspectivas, menos umidade, menos imóveis, ainda que muitas perebas e mosquitos. mas até disso o estou perdoando.
acontece que o tratamento vem se dando na virada da semana. eu, que sempre odiei os domingos à noite a ponto de entrar em comunidades do orkut a respeito disso, dobrei essa dobra de um jeito muito...
elegante
divertido
escandaloso
confuso
polêmico
famoso
brega
fofoqueiro
retrô
bailante.
ó, bailinho, santo remédio. agora sou sua habituê.
mais que do ocidente.
ps: (portinho, não é nada disso que que você está pensando! e-eu... posso explicar!)
.
. .
9 de abril de 2008
__fadas
.
.
.
.
pulam na minha frente, feito peixinhos escorregadios. me fogem ao olhar. me burlam minha tentativa de pregá-las. me escapolem e voltam, as danadas, provocando-me. dão aquela voltinha e quando acho que elas vão fechar um círculo, nenhuma delas está. me pregam peças de memória e de coerência. fazem meios-barulhos, confundem-se em seguida. se me escondem para se divertir com isso.
.
.
.
eu juro que, se afinar bem o meu ouvido para ouvir o mínimo som do fundo da caixola... lá estarão elas, as palavras rindo baixinho a me zombar.
.
.
.
.
.
.
.
.
pulam na minha frente, feito peixinhos escorregadios. me fogem ao olhar. me burlam minha tentativa de pregá-las. me escapolem e voltam, as danadas, provocando-me. dão aquela voltinha e quando acho que elas vão fechar um círculo, nenhuma delas está. me pregam peças de memória e de coerência. fazem meios-barulhos, confundem-se em seguida. se me escondem para se divertir com isso.
.
.
.
eu juro que, se afinar bem o meu ouvido para ouvir o mínimo som do fundo da caixola... lá estarão elas, as palavras rindo baixinho a me zombar.
.
.
.
.
.
5 de abril de 2008
Cacos
.
.
.
Os veículos em aceleração arranham a avenida Atlântica. Faço parte desse vandalismo, indo com meu carro pralgum lugar. Do outro lado das ondas alvinegras que são esmagadas por passos também velozes calçados com tênis pump, o mar dá sua resposta. As ondulações azuis aqui quebram, plácidas. O Atlântico está sempre em câmera lenta.
.
.
.
.
.
Os veículos em aceleração arranham a avenida Atlântica. Faço parte desse vandalismo, indo com meu carro pralgum lugar. Do outro lado das ondas alvinegras que são esmagadas por passos também velozes calçados com tênis pump, o mar dá sua resposta. As ondulações azuis aqui quebram, plácidas. O Atlântico está sempre em câmera lenta.
.
.
.
Assinar:
Postagens (Atom)