13 de maio de 2008
poema concebido sem pecado
o despertador só acordou ao meio-dia.
o quarto fez ar de incenso depois das três.
a cozinha suspirou feliz com a louça lavada, às quatro.
a lavadora cuspiu roupa limpa e bem que se viu mais branca também. isso foi às duas.
umas roupas tenderam pra cabide ali por duas e meia.
e as uvas do meu esmalte nem ameaçaram cair.
mais à noite foi que meu estômago tomou cor de saúde, ainda que em pleno shopping.
e também lá é que os olhos dançaram um tanto.
mais tarde, lá por onze, os livros ainda me sussurravam das prateleiras da travessa.
a música ali era de um tom achocolatado.
que saudade que eu tava de um dia assim,
...de gente.
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3 comentários:
delícia!
bunito menina
bunito
indigente de uma segunda-feira sem hora - só o ponteiro dos minutos bailando em roda - a cama, a água. e um sorrisinho pregado na boca apesar das olheiras que fazem sombra.
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