17 de julho de 2008
a noite cai e ela pensa: que bom, uma boa noite de sono. a febre ajudará.
a tristeza de alguma forma se fez terna. e exata. a acaricia.
fez-se melancolia.
a mesma que aviltou o corpo e a mesma que a virou do avesso. ora era cólera.
agora é melancolia.
a mesma que a jogou num vão e a mesma que ela mesma fabricara. certa feita era raiva.
eis assim, melancolia.
a mesma que a embriagara, a mesma que a despertara para equívocos imperdoáveis. fora angústia.
ora, agora era a viscosa e doce melancolia.
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Um comentário:
pimenta de raiva
doce de melancolia
e tempos depois, relia e ria
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