18 de setembro de 2008

de uma outra memória






Leu em Nietzsce que toda célula do corpo contém memória.

Aquilo a acometeu.
Cometeu então um pensamento.
(Uma vez, num cara que já lera Nietzsche, leu que algo pensara nele.)

Foi com o corpo.
Fez resistência.
Percebeu a diferença de exercitar esse gesto.
(Não era forçar um músculo, e sim aprimorar as técnicas de fortalecimento deste.)
Uma lembrança de meditação invadiu seu habitat.
Uma idéia muito clara de prelúdio também.
Casa invadida.
Tratava-se de luta, de repente soube.



Sentiu a lufada de ar no ventre.
Pulsações em alguns músculos.

E então outra rajada: o significado de pequena morte, em francês.
A pequenice arrombou suas células em um tamanho gigantesco.
Por ora, bastava de fazê-lo ali, sozinha.
O resto teria de acontecer na rua,
com:






Desceu as escadas correndo.
Mal podia esperar colocar os pés na calçada.
Desejava cometer muito.












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