saio de saia
animada
deságuo na rua
abril
de cara
o vento esbofeteia a janela
fechou
amêndoas trágicas se jogaram nos capôs
no meio
aquela árvore já começou a chorar suas
pitangas
pisoteadas
agora na sarjeta
esquino
já meio
que triste
meio que nua
patética:
lamento não saber poemar tão dramática
tão poética
tão crua
quanto ela, a rua.
tão crua
quanto ela, a rua.
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