27 de abril de 2007

Pescaria I

Das leituras tantas, alguns trechos pescados.


Ajoelhei-me. Era um hábito, ajoelhar. Sentei-me. Melhor ajoelhar, pois a pontada aguda nos joelhos era uma distração da terrível quietude. Uma prece. Certo, uma prece: por motivos sentimentais. Deus Todo-Poderoso, lamento ser agora um ateu, mas o Senhor leu Nietzsche? Ah, que livro! Deus Todo-Poderoso, vou jogar limpo nesta questão. Vou lhe fazer uma proposta. Faça de mim um grande escritor e eu voltarei à Igreja.
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John Fante -"Pergunte ao pó".

Um comentário:

carol de marchi disse...

ahá!
estás descobrindo os tesouros das nossas prateleiras...
me alegro.