19 de junho de 2007

Conclusão

Ser bom em algo não é difícil.
Pode-se ser bom em costurar.
Pode-se ser bom em escrever.
Pode-se ser bom em escovar os dentes.
Pode-se ser bom em jogar futebol.
Pode-se ser bom em trabalho em equipe.
Pode-se ser bom em vinhos.
Pode-se ser bom em matemática.

Mas como já disse um sábio velho escabelado, tudo é relativo (à sua utilidade prática e a outras pessoas que não são tão boas em). E como já disse eu mesma (uma jovem escabelada e tantos outros), estamos orbitando numa galáxia falocrática, então a tendência é essa mesma: adorar e adornar o grande deus Ter ou o seu duplo, Ser. Mediocridade não interessa a ninguém! Só se for blasè, tipo o Bandini. Me agrada muito o Fante, mas não sou muito chegada nos blasè. E pra não vencer tem que ser com classe. Tem que fazer uma música bonita que nem a do Camelo. "Ah, cansei. Sou largadão e não ligo pros outros". Se não, tu é só um neurótico meia boca.

Então vamos nos orgulhar das nossas habilidades menos palpáveis.
Um viva ao charme!
Um viva à esperteza!
Um viva à facilidade em fazer bons trocadilhos!
Um viva à criatividade aplicada ao Orkut!
Um viva ao estilo!
Um viva à sorte!
Um viva ao improviso!
Um viva ao ecletismo!
Um viva às invenções quase imperceptíveis, tipo um novo jeito de dar laço no cadarço!

O negócio é ser bom sendo-se, mesmo que seja mau. E, no invisível, sorrir (intercalando com choro). Ser e Ter no unútil, só pra variar. E, com frequência, abandoná-los. Fazer-se irreconhecível.
Pratique o quase.

3 comentários:

carol de marchi disse...

Viva!

Anônimo disse...

A minha professora da aula de bordado sempre disse que era só seguir o desenho já pintado na tela que eu mesmo comprava na loja... mas foi só depois de terminar o curso, que percebi a existencia de telas sem desenho nenhum. Fiquei realmente impressionado!

carilevi disse...

ai, quase cai...