21 de outubro de 2008

Reeditando II (05/2006)

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de tanto vento, paira.

observa quase levitante a batalha à sua volta.
corpos. olhos. cotovelos. cantos de olhos. cantos.
gira tangenciando durezas, amolecendo o chão.
seu chão, pode dizer.
em dança inventada à medida que dança.
seu corpo, pode dizer.
em curvas inventadas à medida que ama.
e ama, ama, ama. dilata a gama
do que é sensível.
leva o sangue a órgãos de prazer e deixa passar.
desfaz-se de órgãos em nome da leveza de insustentavelmente ser.
não mais é - está.
mescla os movimentos em nome da certeza de quase vir a ser.
não mais gruda - desliza.
passeia Dionisa por peles molhadas. as molha.
tudo o que toca, vibra.


desde aquele dia em que vestiu-se de poesia, é bem mais feminina.
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4 comentários:

Anônimo disse...

de tanto vento, praia

é, eu sou do sul

com vontade

de atlântida

de vocês...

alice disse...

ai ai ai que cousa boaaaaaa!

que boa memória!

beijão gigante, paulita. saudade do teu abraço e do teu sorriso na janela.

Super disse...

ai ai ai que delícia de janelas!!!

belas.

sempre um arrepio te ler ventando. sério. piel de gallina (putz,o castelhano consegue tirar toda poesia de um elogio)

carol de marchi disse...

:( ninguém le o meu blóguiiiiiiii