29 de julho de 2009

inspiração

ah os ventos do norte.
a pirar, a birutar a biruta.
tem os do morro também, esses que balançam os vidros frisados soprando da mata atlântica.
tem hora do dia - normalmente à noitinha - em que eles batem mais forte.
sopram brandos e gostosos como energia a inflar velas.
no barco seguimos...
mas há momentos em que sopram fortes demais.
incomodam, trepidam as janelas, as cortinas, irritam tal qual o minuano à Ana Terra.
espalham cinzas, somem com papéis, arrepiam a espinha, batem portas.
as portas...
batem estrondosamente a ponto de doer as costelas, o diafragma.
barcos viram.
tempestade.
o vento é vital e encantador.
mas há de se confiar nele.
do contrário, me leva janela afora.

2 comentários:

Paula disse...

há de se encantar, mas não se fascinar..

Super disse...

aquele vento daquele sonho que foi realizado naquele dia naquela pedra bonita... ventou nas asas brancas, 40 minutos. bendito vento, aquele. não era noite. não era norte. não houve mortes. registramos o branco do sorriso de sonho realizado. o minuano é daqui, mas aquele vento de sonho, só aí. ;)