2 de abril de 2007

ci.ela fosse ali.ce.ria. (leia.c: la.cei eu!)


deitou no colo e cobriu-se com brisa. a fez curiosa o senhor branco de relógio, atrasado. atrasou-se atrás dele. nunca é tarde. foi buscando os ponteiros de sempre.

de repente caiu. às avessas. (abismo invertido? na queda ascendeu mais e mais!) e descobriu portas e chavões e nada de relógios. bichos traquineiros. bandos inteiros. a correr. viu polícia, viu calçada, viu bandido a mão armada. a sua mão armada. a sua arma inventada. foi buscar seu tamanho e suas cores, nada apressada.

falou com loucos que tinham mais aniversários que ela. que tinham mais aniversários nos desaniversários, como ela. deparou-se com sábios e com os que se diziam sábios. e escutou. moveu-se, ventou-se, parou-se. escutou-se. vieram ouros, corações, copas, paus. gatos nômades a lançar-lhe a interrogação. quando mais se perdeu foi quando mais se encontrou.

não puderam cortar-lhe a cabeça: ela só cresceu mais - e transbordou a casa.
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