quinta-feira, 25 de setembro de 2008.
Declaração de Mano Menezes:
“Nós gaúchos sempre pensamos que o mundo tá um pouquinho contra a gente, isso é uma característica nossa, ficamos lá na ponta do país então você olha tudo para cima, pensa que sempre tá todo mundo contra, eu respeito isso porque sempre a gente acha que as coisas são contra a gente. (...) Então dá o direito do Grêmio reclamar, assim como alguém falou que quando o Grêmio ganhou um jogo lá do Ipatinga, né, o gol foi de falta que tava ajudando o Grêmio eu ouvi isso aqui também."
Domingo, 28 de setembro de 2008, 12h47 às 13h16
De Londres, Luiz Felipe Scolari, atual técnico do Chelsea, acompanha o Campeonato Brasileiro. Na briga de Palmeiras e Grêmio pela liderança do torneio, ele manifestou preferência pelo time gaúcho.
"É claro que se for o Grêmio, a gente vai ficar bem contente, porque é meu clube de coração desde criança", afirmou o gaúcho de Passo Fundo em entrevista à TV Globo.
Por outro lado, Scolari falou com carinho sobre o Palmeiras. "Depois de ter passado três anos e meio no Palmeiras e pelo relacionamento que ainda tenho no dia-a-dia com o clube, quem ganhar está ótimo para mim".
Mano, quer um dia ser como Felipão, ou tua ambição é eternamente essa da série B? Faz favor de mostrar um pouco mais de caráter. Mal foi a São Paulo, já baixou a cabeça pra imprensa paulista. Virou amiguinho. Esperto e medíocre. Nos levantou em uma época ruim, sim, somos gratos, mas não cospe no prato que comeu, pelamor de deus, senhor fã de série B.
Já Felipão nunca foi tão lembrado e celebrado: bons tempos em que tínhamos um técnico humilde e com ganas de vencer. Alguém que, mesmo em Londres, segue gremista, assim simplesmesnte, como um Patrício, por exemplo, que é gremista porque é gremista, e não por razões políticas. Scolari segue gremista e respeitoso para com o outro clube que o acolheu e ao qual deu alegrias. Elegante na simplicidade, nada mais. Não há mistério.
*******
Sobre o nosso atual técnico, me disseram hoje de manhã uma verdade: agora será o embate entre a mística do Grêmio e a mística do Roth. A tendência de um técnico que sempre começa bem e desanda no final X a tendência de um time que sempre tem tudo pra perder, mas vence.
Dá-lhe Grêmio, sempre
30 de setembro de 2008
27 de setembro de 2008
26 de setembro de 2008
23 de setembro de 2008
Mais
Mais uma série nova.
Mais uma Alice de cabelos castanhos, curtos, de 25 anos.
Droga.
Lá se foi o tempo em que Alice era um nome um tantinho raro e eu podia dispensar apelidos.
Vai saber.
Quem sabe essa me inspira a uma visita a São Paulo, cidade por tanto tempo do meu pai, mas de um jeito diferente. Agora, que tô pertinho.
intervenções sex & the city III
intervenções sex & the city II
20 de setembro de 2008
Extremismo
O mais feminino que há em ser mulher não é o absolutismo do cor-de-rosa.
É o paradoxo:
Ter como programas de TV preferidos ambos
FUTEBOL e SEX & THE CITY
FUTEBOL e SEX & THE CITY
uma movida
18 de setembro de 2008
de uma outra memória
Leu em Nietzsce que toda célula do corpo contém memória.
Aquilo a acometeu.
Cometeu então um pensamento.
(Uma vez, num cara que já lera Nietzsche, leu que algo pensara nele.)
Foi com o corpo.
Fez resistência.
Percebeu a diferença de exercitar esse gesto.
(Não era forçar um músculo, e sim aprimorar as técnicas de fortalecimento deste.)
Uma lembrança de meditação invadiu seu habitat.
Uma idéia muito clara de prelúdio também.
Casa invadida.
Tratava-se de luta, de repente soube.
Sentiu a lufada de ar no ventre.
Pulsações em alguns músculos.
E então outra rajada: o significado de pequena morte, em francês.
A pequenice arrombou suas células em um tamanho gigantesco.
Por ora, bastava de fazê-lo ali, sozinha.
O resto teria de acontecer na rua,
com:
Desceu as escadas correndo.
Mal podia esperar colocar os pés na calçada.
Desejava cometer muito.
13 de setembro de 2008
10 de setembro de 2008
intervenções da rainha II
8 de setembro de 2008
Para ficar de mãos vazias
Os dias agora eram de um índigo. Algo da viscosidade tinha se diluído e por isso agora algo fluía. Não fácil como líquido, no entanto menos pegajoso. O ar seguia úmido, mas ao menos agora chovia, ao invés de estar tudo carregado em nuvens que densificassem a casa, a atmosfera, a rua, o corpo e o chão.
Era irônico o que se passara. Livrara com tanta avidez o pó dos móveis que, sem querer, operara um contrasenso: sobraram os móveis. Parcialmente desbotados, ficaram dessa cor dos dias, essa cor perdida entre o azul escuro e o preto. Um azul que perdeu a força, um preto que ainda não escureceu ao devido negro que pretendia ser. Se ao menos pudesse ter conservado a poeira... Mas não: perdera assim o encardido singular dos idos dias e ainda não chegara a cores vivas de madeiras estofados couros espumas metais plásticos que talvez ainda viessem a dotar a casa, a atmosfera, a rua, o corpo e o chão de suas vivacidades. O que havia era o úmido e o índigo. Não lamentava o acontecido, apenas sentia uma vertigem um pouco incômoda.
"Não, não, ela não estava perdida, ela ia mesmo fazer uma lista de coisas que podia fazer! Sentou-se diante do papel vazio e escreveu: comer - olhar as frutas da feira - ver cara de gente - ter amor - ter ódio - ter o que não se sabe e sentir um sofrimento intolerável - esperar o amado com impaciência - mar - entrar no mar - comprar um maiô novo - fazer café - olhar os objetos - ouvir música - mãos dadas - irritação - ter razão - não ter razão - não ter razão e sucumbir ao outro que reivindica - ser perdoada da vaidade de viver - ser mulher - dignificar-se - rir do absurdo de minha condiçao - não ter escolha - ter escolha - adormecer - mas de amor de corpo não falarei.
Depois dessa lista ela continuava a não saber quem ela era, mas sabia o número indefinido de coisas que podia fazer."
Depois dessa lista ela continuava a não saber quem ela era, mas sabia o número indefinido de coisas que podia fazer."
7 de setembro de 2008
6 de setembro de 2008
3 de setembro de 2008
copiei e colei de www.divagacoesapenas.blogspot.com
)uma lufada de ar e um convite pra visitar meu linchado: apenado(
quem faz um poema abre uma janela
respira,tu que está numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
por isso é que os poemas tem ritmo
- para que tu possas profundamente respirar
quem faz um poema,salva um afogado
mario quintana
2 de setembro de 2008
doses cavalares
- Libere a ação política de toda a forma de paranóia unitária e totalizante.
- Liberte-se das velhas categorias do Negativo (a lei, o limite, a castração, a falta, a lacuna) que o pensamento ocidental por tanto tempo manteve sagrado enquanto forma de poder e modo de acesso à realidade. Prefira o que é positivo e múltiplo, a diferença à uniformidade, os fluxos às unidades, os agenciamentos móveis aos sistemas, considere que o que é produtivo não é sedentário, mas nômade.
- Não imagine que precise ser triste para ser militante, mesmo se a coisa que combatemos é abominável. É o elo do desejo à realidade (e não sua fuga nas formas da representação) que possui uma força revolucionária.
- Não se apaixone pelo poder.
Trechos do texto de Michel Foucault "Anti-Édipo: uma introdução à vida não-fascista", prefácio do livro de Gilles Deleuze e Felix Guattari "Anti-Édipo".
mote
E são essas dores de espinha que agudecem a cabeça E todos esses móveis que se depositam na poeira E muito desse encardido da rua que ameaça o carro E um tal hiato de tempo que convida o vazio E nisso um apanhado de possíveis despistados E essas borboletas que desassossegam o ventre E essas outras mariposas que levantam a sala em vôo E algumas promessas despretenciosas que convocam E a velocidade altiva da rapidez imposta E por fazer, o fazer por E também as páginas, as páginas, (idas), o encardido das páginas,
os parágrafos parados,
os poemas
os poemas
vazios
as palavras, as palavras
a poeira das palavras por fazer.
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